Love vs Passione

Por que paixão não é amor?

1. Porque apaixonar-se não é um ato de vontade ou uma escolha consciente. Não importa o quanto desejamos alguma coisa não conseguimos apaixonar por vontade. No entanto mesmo que não estejamos buscando essa experiência ela pode simplesmente acontecer em nossa vida. Muitas vezes nos apaixonamos no momento errado e pela pessoa errada.

2. Porque a paixão não visa a crescimento pessoal, muito menos o da pessoa amada. A idéia central por traz da paixão é a crença de que já chegamos ao ápice da felicidade amorosa e o nosso único desejo é continuar lá.

Se a paixão não é amor o que é?

Segundo Dr. Peck a Paixão é: “Um componente instintivo e geneticamente determinado do comportamento de acasalamento” Em outras palavras a paixão seria uma reação do ser humano a um conjunto de configurações sexuais internas gerando um grupo de comportamentos visando a perpetuação da espécie. Bom, podemos não concordar com uma explicação tão evolucionista como essa, mas não podemos negar que a paixão não esta muito ligada a razão humana.

Tenho notado que a necessidade emocional básica do ser humano não é se apaixonar, mas ser verdadeiramente amado(a) pelo outro; é conhecer o amor que cresce nos pilares da razão e da escolha, não do instinto.

Big Bang e Papai Noel

Poeira cósmica não questiona o porque? Pouco entende. Nada entende! Sua existência em suma se resume em partículas livres pelo espaço. Já na composição humana estamos falando de impulsos neuronais que refletem uma necessidade física em um dado momento. Tudo natural, naturalista.

Mas o que é isso? Esta poeira cósmica de repente arqueia uma de suas sobrancelhas e pede respostas? Ou melhor, exige respostas! Pois andou pensando e agora quer saber como tudo se resume nela e através dela. Bom, talvez ela leu demais, aprendeu em demasia – talvez deveria ter feito menos perguntas na escola da vida e se contentado com a simples realidade de que é tudo passageiro– pois assim as cigarras são felizes, cantando até explodir.

Mas não se trata disso. O significado da vida do homem sempre foi profundo. Desde os primórdios de sua existência. Os gritos da alma: ‘Quem sou?” “Por que existo?” e “Pra onde vou?” ecoaram por todas as gerações – isso não significa apenas que somos curiosos mas que nos percebemos como IMPORTANTES. As perguntas de todos os grandes pensadores, Aristóteles, Locke, Berkeley, Adam Smith, Machado de Assis, Leonardo Boff - dos Gregos aos Brasileiros -  servem para evidenciar a importância intrínseca do homem. Do valor que damos a nós mesmos, e assim sendo, meditamos, ruminamos, refletimos e ponderamos cada minudencia e aspecto de nossa existência na terra – afinal somos importantes! Então resumo este texto com a seguinte pergunta: Quem disse que somos importantes? Poeira cosmica nao pensaria assim.

A resposta vem estampada na etiqueta: “Imagem e semelhança”. É normal querer mais quando fomos feitos para SER mais.

Guarda Chuva

Tenho um desejo profundo

De mostrar utilidade

De me encontrar com a verdade

Que alguém posso ajudar

Mas sou como um guarda chuva

Não sirvo para todo tempo

E se não há nuvens no momento

Pouco tenho pra mostrar

Se não chover o mês inteiro

Passarei despercebido

Cabisbaixo e inibido

Em algum canto, algum lugar

Mas sigo olhando para o céu

Pois o vento sempre muda

E quando alguém pedir ajuda

Responderei sem hesitar 

o Medo

A mente as vezes funciona em um estado default, uma espécie de auto-piloto inconsciente. 


Não foram poucas as vezes que notei o medo tomar as rédeas do meu sistema nervoso. Mas algo tenebroso me assombrava naquele domingo de sol. Como se meu maior inimigo estivesse a me espreitar feito um felino predador pronto para pular em sua vitima. Minhas pernas bambas, boca seca e ombros que tombavam para os lados semelhante a um velho de 80 anos.  Me concentrava em manter um ritmo adequado de respiração mas estava puxando mais ar que precisava. Pensei em fechar os olhos enterrar a cabeça entre os joelhos e esperar tudo passar. O coração estava acelerado demais para pensar; elaborar uma rota de fuga. O tempo parou.

Apenas um pensamento

Alguém uma vez me disse:

“O mais difícil na vida é aprender a ler, pois a explicação para todo resto você vai encontrar nos livros”

Puxa que bom ouvir essas palavras de conforto! Mas espera… o autor desta frase esquece que é na mente que o conhecimento é construído e armazenado, não nos livros! Um livro pode ilustras pensamentos profundos e trazer clareza ao intelecto escuro, mas é um objecto inútil sem uma mente para interpreta-lo. E se interpretação acontece, então o foco deve estar na mente e não no livro. Vou explicar porque faço essa defesa. Como que os soldados nazistas abaixo de Hitler interpretaram o Novo Testamento? Como que cientistas hoje interpretam Pinturas pré-histórias em cavernas? Será que o objecto de estudo (NT e pinturas em cavernas) não passa por uma treliça mental de crenças e paradigmas antes que uma conclusão possa ser expressada? Nestes casos: Raça Ariana e Evolução. Me parece então um tanto quanto improdutivo nos dedicarmos a horas infindáveis de leitura se o instrumento usado para conduzir tal tarefa estiver falho. Seria como tentar descascar uma laranja usando uma colher ou um garfo. O mais difícil na vida não é aprender a ler, aprender a pensar é por longe um desafio maior.